quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Democratização da Comunicação em debate

Seminário em Atibaia (SP) destaca importância da elaboração de um novo marco regulatório para a comunicação social

O debate sobre a democratização dos meios de comunicação tem ganhado espaço nas diversas instâncias da CUT. A temática foi destaque na manhã desta quarta-feira (17) no Seminário sobre Uso Político das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação pela Juventude Sindical.
A atividade é organizada pela CUT e pelo Instituto Observatório Social com apoio da central sindical alemã DGB e conta com a participação de dirigentes sindicais de todo o País.
Antes do debate, a secretária de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, fez uma breve saudação através de uma mensagem gravada, já que não pode comparecer ao Seminário. Ela parabenizou a CUT por inserir na pauta de prioridades o desafio de dialogar com a sociedade, com seus dirigentes e sua base o uso das novas tecnologias. “Neste momento tão importante da democracia brasileira, com a eleição da primeira mulher para a presidência da república, temos a certeza de que a comunicação terá um papel estratégico tanto no desenvolvimento econômico quanto na defesa dos interesses dos brasileiros e da classe trabalhadora. Portanto, esse seminário está no eixo central de articular as redes sociais como instrumento fundamental de organização, de luta e de mobilização”, enfatiza Rosane.

A Juventude na Estratégia da CUT

O presente texto tem o objetivo de localizar o papel a ser exercido pela juventude CUTista, a partir da criação da Secretaria de Juventude. Compartilhamos a opinião segundo a qual a juventude brasileira possui papel fundamental na construção da estratégia defendida por nossa Central: um país sustentável com protagonismo popular nas decisões políticas.
Ao longo de anos, o processo de globalização, sob hegemonia do capital financeiro, fez com que os Estados nacionais perdessem, progressivamente, sua capacidade de gerar, controlar e executar uma série de políticas de suporte ao desenvolvimento econômico, de inclusão social com a geração de emprego e renda e valorização do trabalho. A hegemonia do mercado financeiro atinge não apenas o Brasil, mas toda a periferia do mercado mundial, condicionando um modelo subdesenvolvido. Suas conseqüências mais desastrosas são: desestruturação da nossa economia, fragilização do poder do Estado e desregulamentação do nosso mercado de trabalho. 
No Brasil, as reformas neoliberais - privatização, redução de pessoal, corte de investimentos públicos -, em meio à estagnação relativa dos últimos 25 anos, tornaram a máquina pública incapaz de exercer papel ativo no desenvolvimento. Trata-se, portanto, de propor um amplo reaparelhamento do Estado, para que este possa exercer seu papel.
A retomada do papel ativo do Estado para a promoção do crescimento econômico significa reorientação da política econômica, das políticas sociais e na estruturação do mercado de trabalho. 

CUT debate juventude, saúde do trabalhador e desenvolvimento sustentável na Amazônia

Aconteceu dias 25 e 26 de setembro de 2009, em Manaus-Amazonas, o Seminário "Juventude, Saúde do Trabalhador e Desenvolvimento Sustentável na Amazônia", promovido pela Secretaria Nacional de Meio Ambiente, Secretaria Nacional de Saúde do Trabalhador, Secretaria Nacional de Formação, Secretaria Nacional de Juventude, Instituto Nacional de Saúde no Trabalho (INST) e a Comissão Nacional da Amazônia, em parceria com a DGB-Bildungswerk no Projeto "Fomento de Direitos e Oportunidades de Emprego no Brasil".

O evento contou com apoio especial da Universidade Estadual do Amazonas - UEA na hospedagem e alimentação, da CUT Amazonas na alimentação e do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, no Auditório e transporte (translado ao local do evento) dos participantes.
Participaram do seminário Rogério Pantoja (Diretor Executivo e Coordenador da Comissão Nacional da Amazônia), Messias Melo (Secretário Nacional de Saúde do Trabalhador), Siderlei Oliveira (Presidente do INST), Secretários Estaduais de Meio Ambiente, Saúde do Trabalhador e Juventude das CUTs na Amazônia Legal e Anderson Campos (assessoria - representante da Secretaria Nacional de Juventude).

O Seminário faz parte da estratégia da CUT em otimizar recursos do Projeto CUT/DGB, realizando ações integradas entre as secretarias, como forma de fortalecer e ampliar a atuação sindical em relação a uma política de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, considerando as dimensões humanas e ambientais, a juventude e a saúde do trabalhador como prioridades no desenvolvimento social da Região.

Para o professor da Universidade Federal do Amazonas, Alexandre Rivas, que proferiu a palestra "A Modernidade e o Fim da Amazônia", a questão central em debate "não é o que pode e o que não pode ser feito, mas sim qual é a melhor forma de fazer".  Duas hipóteses sobre o futuro da Amazônia foram discutidas. Uma delas é desenvolvida com maior profundidade dentro de uma perspectiva que busca considerar os aspectos econômico, social e ambiental da Região, contemplando não a intocabilidade - a Amazônia como um Jardim Botânico -, mas sim a utilização da Amazônia, onde possível, a partir de instrumentos econômicos e mercados capazes de internalizar deficiências correntes do sistema econômico clássico.

Entrevista com Rosana Souza, secretária nacional de Juventude da CUT



A primeira secretária da recém criada Secretaria Nacional da Juventude, Rosana Souza, do ramo químico de São Paulo, de 32 anos, falou em entrevista ao Portal Mundo do Trabalho sobre o desafio de representar a juventude da CUT e de sua atuação ao longo do mandato.






 Como é ser a primeira secretária nacional de Juventude da CUT?
Eu tenho orgulho de estar à frente desta Secretaria e reconheço o tamanho da responsabilidade para que possamos colocar a juventude como um dos agentes principais na construção da sociedade. Esta luta vem de longa data, desde a fundação do Coletivo Nacional da Juventude Trabalhadora da CUT, em 1997. Portanto, já existe um trabalho voltado à juventude, que hoje conta com 18 coletivos estaduais. E agora conseguimos institucionalizar a discussão no interior da CUT.

O que você detectaria, em um primeiro momento, como a principal demanda?
Acho que a questão do trabalho decente é a principal. A cada dia os jovens estão ingressando mais cedo no mercado,  abandonando o processo educacional e sem acesso a qualificação profissional. A maioria, que vem de famílias mais pobres, é obrigada a aceitar postos de trabalho precários, ao contrário dos filhos das classes mais altas, que podem disputar os melhores empregos ou entrar mais tarde no mercado de trabalho. Além disso, essa realidade traz consigo o adoecimento provocado pelo trabalho. Visualizando este cenário, precisamos ter bastante atenção sobre a inserção do jovem no mundo do trabalho com o propósito de reduzir os impactos sobre a sua saúde e seu acesso à educação.